Leiji
Matsumoto, o famoso criador japonês de mangá e anime de sagas espaciais épicas,
incluindo Galaxy Express 999 e Pirata Espacial Capitão Harlock, morreu
aos 85 anos, em fevereiro deste ano.
Seus personagens trouxeram a Leiji Matsumoto um renome
mundial e o tornaram reconhecido como um dos grandes mangaka de sua época.
Ele começou a carreira com shōjo manga sob seu verdadeiro nome, Akira
Matsumoto, e depois, em 1965, assumiu o pseudônimo Leiji. Casado com Miyako Maki,
que seguiu a própria carreira de mangaka,
sua obra prolífica foi adaptada para desenhos animados tanto para a televisão quanto
para o cinema.
Seu primeiro mangá de ficção científica,
Sexaroid, teve imenso sucesso e
alimentou seu interesse pelos mangás de ação. Sua admiração pelos grandes
artistas do passado o levou a criar diferentes séries. Assim, em O anel do Nibelungo ele homenageia Richard
Wagner, adaptando sua obra ao ficcional planeta Rhin. Leonardo da Vinci também lhe
inspirou uma cativante história: Tenshi no Jikuusen: Leonardo
da Vinci no Densetsu [A nave espaço-tempo do anjo: a lenda de
Leonardo da Vinci].
Leiji Matsumoto é um dos primeiros mangaka cuja adaptação da obra foi
exibida no exterior. Sua notoriedade poderia já ser o bastante, mas o artista
tem ambições maiores: que o mangá, das origens até nossos dias, encontre seu
lugar de direito na cultura internacional.
Em Mil anos de mangá, publicado pela editora
Estação Liberdade, a autora Brigitte Koyama-Richard apresenta diversas obras
criadas por Leiji Matsumoto. A edição conta também com uma entrevista com o mangaka e sua esposa Miyako Maki, realizada
pela própria autora em janeiro de 2007.
Confira um trecho da entrevista
A entrevista completa pode ser lida na obra Mil anos de mangá, de Brigitte Koyama-Richard.
Sobre a obra
Mil anos de mangá, como o próprio nome diz, conta a
história do mangá, ou das histórias em quadrinhos, em seu esplendor e diversidade.
Do inspirador mangá Hokusai até a aparição dos Gekiga,
os mangás realistas dos anos 1950; do marco que foi Astro Boy, de
Tezuka Osamu, à Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda, um mangá shōjo para
garotas jovens; das lendas de samurais até as edições mais alternativas da
revista Garo; e dos demônios que povoam a obra de Mizuki Shigeru
até as últimas criações de Taniguchi Jirō, cada período aqui percorrido pela
autora Brigitte Koyama-Richard é recheado de detalhes e ilustrado com desenhos
e gravuras.
Mil anos de
mangá é um
panorama dessa forma de expressão tão viva e duradoura sobre os estados da alma
japonesa, cujas riqueza e diversidade são contempladas numa extensão que vai
das origens do mangá ao mangá dos dias de hoje.
Mil anos de mangá, de Brigitte Koyama-Richard
Tradução de Nícia Adan Bonatti e projeto gráfico de Gustavo Abumrad
Formato: 22,2 x 26,5 cm
272 páginas coloridas
ISBN: 978-85-7448-150-0